Embora as origens do coelhinho da Páscoa não estão bem definidas, parece que a escolha do coelho como símbolo para comemorar a Páscoa é devido à sua grande capacidade conhecida de procriação, de grande valor simbólico numa festa dedicada à Primavera (no Hemisfério Norte) e à fertilidade da terra.
Na Alemanha, o coelho era o símbolo de uma deusa adorada pelos germânicos e anglo-saxões, Isthar ou Ostara (que deu origem a palavra Ostern: Páscoa, em alemão e Easter, em inglês), cujas ilustrações sempre apareciam as lebres, seus animais preferidos e em sua honra se celebrava uma festa durante o mês de abril. Originalmente esta festa servia apenas para homenagear a deusa teutônica. No século VIII, os anglo-saxões transferiram o nome de Easter também à festa cristã que celebra a Ressurreição de Cristo, adaptando o nome da festa pagã às tradições cristãs.
A partir do século XIX, começaram a fazer bonecos de chocolate e de açúcar na Alemanha, porque começou a circular entre a população uma lenda de que um coelho foi preso junto ao túmulo de Jesus e presenciou a sua ressurreição. Tendo testemunhado o milagre dizia-se, então, que foi o animal escolhido como o mensageiro para comunicar e lembrar às crianças a boa notícia, distribuindo ovos pintados (vale lembrar que a origem de se esconder ovos na Páscoa também foi adaptado e associado ao calvário sofrido por Jesus).
No Brasil, os primeiros relatos do coelho da Páscoa remontam com a chegada dos imigrantes alemães.
Conheça a lenda de Ostara
Ostara é uma deusa anglo-saxã teutônica da mitologia nórdica e germânica, seu nome significa a Deusa da Aurora, conhecida também como Eostre, Ostera ou Easter, cujo significado é Páscoa.
O primeiro dia da Primavera, que ocorre em 21 de setembro no hemisfério sul e 21 de Março no hemisfério Norte e as festividades que se celebram o equinócio de primavera, relaciona-se com essa deusa. As celebrações da Páscoa atual tem forte relação com o paganismo. O inicio da primavera marca a volta do Sol e a época do ano em que dia e noite tem a mesma duração depois do inverno. Para os nórdicos temporâneos à adoração de Ostara, era o despertar da Terra com sentimentos de equilíbrio e renovação. Uma das principais tradições desse festival era a decoração de ovos que representa a fertilidade da deusa. Outra tradição muito antiga é a de esconder os ovos e depois achá-los.
Lendas encontradas dão conta de que Ostara tinha uma especial afeição por crianças, porque aonde quer que ela fosse, elas a seguiam e a ela adorava cantar e entretê-las com sua magia.
Um dia, Ostara estava em um jardim com as crianças, quando um pássaro voou sobre elas e pousou na mão da Deusa. Ao dizer algumas palavras mágicas, o pássaro se transformou no animal favorito de Ostara, um coleho. O que, maravilhou as crianças. Com o passar dos dias, as crianças repararam que o coelho ficara triste com a transformação, pois não mais podia cantar e nem voar. As crianças pediram a deusa que revertesse o encanto. Ela tentou de tudo, mas não conseguiu desfazer o encantamento. A magia estava feita e poderia ser revertida. A deusa decidiu esperar pelo fim do inverno, pois nesta época do ano seu poder diminuía. O coelho assim permaneceu até a chegada da Primavera. Com os poderes no apogeu, Ostara pode transformar reverter a magia e coelho transformou-se novamente em pássaro, durante algum tempo. Agradecido, o pássaro pôs alguns ovos em homenagem a ela. Em celebração à sua liberdade e às crianças, que tinham pedido a deusa para que ele retornasse a sua forma original, o pássaro, pintou os ovos e os distribuiu pelo mundo.
Para lembrar às pessoas de que não podem interferir no livre-arbítrio de alguém, Ostara entalhou a figura de uma lebre na lua, que pode ser vista até hoje por nós.
Comentário:
Maria julia
Ostara é a Páscoa na cultura nórdica