O ser humano já nasce comunicando-se. Nesse caso específico, berrando. E quanto mais ele berra, mais os seus pulmões enchem de ar, e mais rapidamente ele vai se adaptando ao novo mundo. De certa forma, isso acaba acontecendo pelo resto da sua vida. Depois ele chora quando está com fome, com frio, chora porque quer um brinquedo novo ou quer ficar até altas horas vendo televisão. E por aí vai.
Mas é preciso ter cuidado pois, com o passar do tempo, essa comunicação simples torna-se complexa e cheia de ferramentas. A mensagem – assim como a maneira que se utiliza para transmití-la – acabam por trabalhar a favor ou contra quem está se comunicando. Isso vale pra tudo, desde um aluno apresentando um trabalho na escola, um recém formado em uma entrevista de emprego, até um jornalista que mete os pés pelas mãos.
Há uns anos atrás havia uma estatística, ensinada nas faculdades de comunicação, em que se afirmava que uma pessoa quando gosta de alguma coisa conta para duas pessoas. Esta mesma pessoa, quando não gosta de alguma coisa, conta para nove pessoas. Hoje, com a internet, uma pessoa quando gosta de alguma coisa conta para os seus amigos das redes sociais e, nesse caso, o número de pessoas vai depender do número de amigos. Mas se esta pessoa não gosta de alguma coisa, ela não só conta para amigos e sim pra milhões de internautas, que repassarão pra outros milhões, que repassarão para outros milhões. É o famoso poder da comunicação em progressão geométrica.
Comunicar é uma arte, e quando bem utilizada a comunicação é tudo. E sem essa de “falem mal, mas falem de mim”. Isso é absolutamente primário e é pior que uma criança fazendo birra no supermercado pra ganhar um chocolate.